Hoje, em meio a mil milhões de aulas para estudar e informações para absorver, comecei a pensar sobre o amor e sobre tudo o mais. Sobre o relacionamento entre duas pessoas e como isso se desenvolve e cresce. Sobre o casamento. Fiquei pensando qual o motivo para duas pessoas decidirem ficar juntas "até que a morte as separe" e se isso é real. A promessa não deveria ser de ficar junto enquanto isso fizesse sentido e por sentido eu digo, afeto, amizade, companheirismo, desejo..?
E isso devia ser posto como algo passível de mudança. Um ser não é estanque e escrito a caneta definitiva, somos letra por letra escritos a lápis, apagamos, borramos, arrancamos folhas e escrevemos de novo: mudamos de forma incessante. Cada dia é um novo dia para se desconstruir e reconstruir. Se assim é, o que garante que um sentimento de hoje será o mesmo daqui a 10 anos? Talvez sim, mas talvez não. Então, por que seguir se não existe mais o sentido? Qual o sentido se sentido não há? Patrimônio? Divisão de bens? Filhos? Medo? Talvez. Mas, talvez, se desde o começo a gente tentasse compreender que o amor não aprisiona e sim liberta e que a união deve ser infinita enquanto dure e não eterna, tudo ficaria mais fácil.
Acredito na verdade de casais unidos por uma vida reconstruindo-se juntos e libertando um ao outro, acredito nesse infinito amor. E não desejo nada mais nada menos do que isso a todas as pessoas. Porém caso não o seja, desejo que se busque o sentido onde estiver.